Como
muitos sabem o Brasil é um grande acolhedor de culturas e povos, são muitos os
povos que adentraram nosso território e deixaram ao menos um pouco de seus
costumes e escolher entre tantas culturas significantes à nossa formação é uma
tarefa complicada. Considerando a indiferença de nossos colonizadores com
relação à cultura dos povos colonizados resolvi escolher os dois povos que
tiveram primeiro contato nesse processo de colonização, que seriam os “tupis
guaranis” e os “portugueses”.
A
cultura Tupi Guarani é extremamente ligada aos valores da terra, dando papel de
divindade a alguns elementos ou eventos da natureza (algo bastante comum na
região). A agricultura era muito importante para eles, que dividiam os
trabalhos de acordo com a idade e sexualidade do grupo, cabendo as mulheres o
trabalho domésticos, cultivar, colher e pescar.
Aos
homens, e algumas crianças, era previsto o trabalho de desmatar terras para o
cultivo, caçar, produzir armas e defender (militarmente) as terras, além das
praticas religiosas, que também estavam ligadas ao respeito e liderança. Os
lideres das tribos, que eram divididas em pequenos grupos com características e
interesses em comum, também eram homens, chamados “pajés”, que muitas vezes
eram idosos sábios e experientes.
Muitas
praticas da cultura tupi guarani ainda estão presentes no nosso cotidiano, como
na gastronomia (pratos de mandioca), na língua, folclore, etc. Mas essa cultura
foi subjugada e diminuída por outra, a dos colonizadores, que no caso do Brasil
tem muitos traços portugueses. Ao chegarem ao território brasileiro, no século
XV, portugueses, assim como a maioria dos países da Europa Ocidental, tinham
como principal característica sócio-cultural a religiosidade cristã e um
capitalismo arcaico aos moldes mercantilistas.
A
questão agrícola era importante, mas as praticas comerciais, o “metalismo” e o
acumulo primitivo de capital eram mais relevantes aos padrões econômicos
impostos pelos portugueses na época. O trabalho era dividido de acordo com
classes sociais, e para os pobres era indiferente ser homem, mulher, velho ou
criança, trabalhava-se de acordo com suas condições físicas (e muitas vezes até
acima delas, num regime de semi-escravidão e miséria).
Igreja
católica também impôs muitos de seus dogmas nas praticas cotidianas
portuguesas, inclusive autenticando o poder absolutista monárquicas, mostrando
seu papel religioso e político.
Entre
as culturas apresentada pode dizer que o trabalho se mostra como indispensável
para a formação de uma identidade cultural. Mesmo que de forma diferente, com
objetivos e ideologias diferentes, o trabalho sempre esteve e estará presente
na cultura humana, inclusive na nossa. Acredito que a peça chave da formação
cultural, divisão social e exploração humana estejam diretamente ligadas ao
trabalho, pois este sempre esteve e estará presente na história da humanidade.
Autor:
Rodrigo Bastos
Referências
bibliográficas
BOSI,
Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. pg. 308-345:
Cultura brasileira e culturas brasileiras.
SANTOS,
José Luiz dos. O que é Cultura. Primeira edição, 1983 16ª edição, 1996. São Paulo: Brasiliense.
2006. – (Coleção primeiros passos; 110).
Nenhum comentário:
Postar um comentário