domingo, 28 de fevereiro de 2016

RESENHA: Cultura, trabalho e influências na atualidade.


Como muitos sabem o Brasil é um grande acolhedor de culturas e povos, são muitos os povos que adentraram nosso território e deixaram ao menos um pouco de seus costumes e escolher entre tantas culturas significantes à nossa formação é uma tarefa complicada. Considerando a indiferença de nossos colonizadores com relação à cultura dos povos colonizados resolvi escolher os dois povos que tiveram primeiro contato nesse processo de colonização, que seriam os “tupis guaranis” e os “portugueses”.
A cultura Tupi Guarani é extremamente ligada aos valores da terra, dando papel de divindade a alguns elementos ou eventos da natureza (algo bastante comum na região). A agricultura era muito importante para eles, que dividiam os trabalhos de acordo com a idade e sexualidade do grupo, cabendo as mulheres o trabalho domésticos, cultivar, colher e pescar.
Aos homens, e algumas crianças, era previsto o trabalho de desmatar terras para o cultivo, caçar, produzir armas e defender (militarmente) as terras, além das praticas religiosas, que também estavam ligadas ao respeito e liderança. Os lideres das tribos, que eram divididas em pequenos grupos com características e interesses em comum, também eram homens, chamados “pajés”, que muitas vezes eram idosos sábios e experientes.
Muitas praticas da cultura tupi guarani ainda estão presentes no nosso cotidiano, como na gastronomia (pratos de mandioca), na língua, folclore, etc. Mas essa cultura foi subjugada e diminuída por outra, a dos colonizadores, que no caso do Brasil tem muitos traços portugueses. Ao chegarem ao território brasileiro, no século XV, portugueses, assim como a maioria dos países da Europa Ocidental, tinham como principal característica sócio-cultural a religiosidade cristã e um capitalismo arcaico aos moldes mercantilistas.
A questão agrícola era importante, mas as praticas comerciais, o “metalismo” e o acumulo primitivo de capital eram mais relevantes aos padrões econômicos impostos pelos portugueses na época. O trabalho era dividido de acordo com classes sociais, e para os pobres era indiferente ser homem, mulher, velho ou criança, trabalhava-se de acordo com suas condições físicas (e muitas vezes até acima delas, num regime de semi-escravidão e miséria).
Igreja católica também impôs muitos de seus dogmas nas praticas cotidianas portuguesas, inclusive autenticando o poder absolutista monárquicas, mostrando seu papel religioso e político.
Entre as culturas apresentada pode dizer que o trabalho se mostra como indispensável para a formação de uma identidade cultural. Mesmo que de forma diferente, com objetivos e ideologias diferentes, o trabalho sempre esteve e estará presente na cultura humana, inclusive na nossa. Acredito que a peça chave da formação cultural, divisão social e exploração humana estejam diretamente ligadas ao trabalho, pois este sempre esteve e estará presente na história da humanidade.

Autor:
Rodrigo Bastos

Referências bibliográficas

BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. pg. 308-345: Cultura brasileira e culturas brasileiras.

SANTOS, José Luiz dos. O que é Cultura. Primeira edição, 1983  16ª edição, 1996. São Paulo: Brasiliense. 2006. – (Coleção primeiros passos; 110).

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