TRABALHOS, ARTIGOS E RESUMOS.: ESQUEMA: Orientação e Supervisão Escolar (Apostila Progestão).

1. POR QUE É IMPORTANTE CONHECER O PAPEL DA ESCOLA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO?

Introdução:

Função social da escola: Ligada ao Tempo-Espaço.

Ø Tarefa básica: Acesso ao saber.

Escola: Instituição para socializar o saber sistematizado.

Ø Saber sistematizado: Conhecimento visto como indispensável.

LDB: Escola acolhedora, que contribui para o pleno desenvolvimento da pessoa, preparando o cidadão e o qualificando para o trabalho.

Brasil: Escolas de caráter elitista até o século XX.

COMO SURGIU A ESCOLA?

Antiguidade (Grécia e Roma): Formação cultural dos dirigentes (políticos, homens) para convivência pública e guerra.

Feudalismo (Universidades): Primeira instituição própria ao ensino. Exclusiva aos filhos de ricos.

Idade Moderna (Revolução Francesa e Democracia dos E.U.A.): Importância da Escola para os ricos e pobres. Nova participação popular, fim da exclusividade aristocrática.

Ø Ligação forte: Escola <> Democracia (Escola para todos).

Ø França, Inglaterra, Argentina, etc.: Expansão da escola. No Brasil ainda era privilégio das elites (mulheres só aprendiam desenho, música e literatura).

Ø IBGE: Anos 80 existiam mais homens estudantes, já nos anos 90, mais mulheres.

Educação no Brasil: Desde o inicio muito improvisada.

Ø 1º Jesuítas: Primeiros educadores, converter índios, situação precária.

Ø 2º Constituição do Império (1824): Instituição primária gratuita.

Ø 3º Republica (Sec. XX, anos 20 e 30): Educação Publica gratuita.

Ø “A instituição permanece, mas se modifica pelo tempo e espaço vigentes”.

“Se nos situarmos no mundo (espaço) e na história (tempo) fica mais fácil de compreender o presente (escolar)”.

POR QUE NO SEC. XX AS COISAS COMEÇAM A MUDAR?

Modificações externas e internas (política, econômica e cultural).

Ø 1922 – Semana da Arte Moderna.

Ø 1929 – Crack da Bolsa de Nova York.

Ø 1930 – Revolução de 30.

Ø 1932 – Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (Ed. para todos, sem distinção).

Ø 1937 – Estado Novo.

Mudança da vida rural para a urbana, emergência da classe média e imigrações (italianos, anarco-sindicalismo).

Reformas educativas: Teixeira, Azevedo e Lourenço Filho.

Ø Manifesto dos Pioneiros da Ed. Nova: Educação pública, gratuita e laica para todos.

Ø “Escola (...) uma instituição social, um órgão feliz e vivo, no conjunto das instituições necessárias a vida”.

Ø Escolas públicas começam a passar (em instituições e matriculas as particulares).

Ø 1961 – 1ª LDB (nº 4.024/61).

Ø 1964 – Golpe Militar (nº 5.540/64, reforma universitária; nº 5.692/71, ensino primário e secundário de 4 para 8 anos e propondo a profissionalização do ensino.

Ø Anos 50 – “Mais escolas não significa melhora educacional”.

o Salas lotadas, professores despreparados para excesso de alunos.

o Cultura do fracasso escolar: Problema de qualidade da educação (ainda atual).

o “Brasil, população jovem, iletrada e em movimento”. Anos 90.

o Repetência: Programa de aceleração de ciclo (hoje, progressão continuada).

“Educação é direito de todos e dever do Estado e da Família”.

POR QUE É IMPORTÂNTE CONHECER A LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL?

Direitos, artigo 6º Saúde, trabalho, lazer, segurança, previdência social, educação, proteção a maternidade e a infância e assistência aos desamparados.

Função Social da Escola: Constituição + LDB.

Ø Constituição Educacional: Cap. III, seção I, artigo 205 a 214.

Ø LDB: Art. 1º ao 5º.

Missão (equipe escolar) é promover o pleno desenvolvimento do educando (cidadania, trabalho).

Ø Pleno desenvolvimento: Dar base para o ser humano ser perfeito, completo e feliz.

Ø Nova LDB (lei nº 9394/96): Incumbe União, Estados e Municípios, junto de escolas e docentes (Flexibilidade, escola autônoma).

Ø Art. 12: Sobre as escolas (estabelecimento de ensino).

o Proposta pedagógica; administrar recursos, dias letivos e horas aula; plano de trabalho do professor; recuperação de alunos; família e comunidade, integração social.

Ø Escola (Cultura de sucesso escolar): Conhecer clientela, cultura regional e necessidades (art. 23), aceleração de estudos (art. 24).

2. COMO FICA A ESCOLA NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO?

Introdução:

Democratização do acesso a escola não significa sucesso escolar.

Combate a política de exclusão escolar (dificuldade atual).

Dificuldade da Escola: Condições materiais, salário e má formação (equipe escolar), organização, má gestão, currículo inadequado.

O QUE NOS RESERVA O SÉCULO XXI?

1º Momento, “Era Agrária”: Agricultura, ciclo da natureza.

Ø Séc. (indeterminado) até o Séc. XVIII, grandes propriedades, clima, terra.

2º Momento, “Era Industrial”: Revolução Industrial, Máquinas, Capital, Mais Valia.

Ø Séc. XVIII até primeira metade do Séc. XX, Vapor, eletricidade, tempo linear (dinheiro), lógica de produção.

3º Momento, “Era da Informação”: Fácil e rápida informação.

Ø Segunda metade do Séc. XX até hoje, micro e nano tecnologia, internet, redes.

Um período não acaba com o outro.

Novas formas de sistematizar conhecimentos (Redes).

Pensar a Escola: Novos equipamentos (indispensável).

Novas alternativas, aceleradas, criação e renovação multiplicidade.

Sociedade do conhecimento exige nova educação que acompanhe as mudanças sociais (Realidade vivida)

QUE NOVAS FUNÇÕES A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO EXIGE DA ESCOLA?

Mudança de civilização: Dependência do conhecimento (todos).

Conhecimento: Ponto chave, maior herança atualmente.

Ø Mudanças para o Brasil: Reforma da relevância e função social das Escolas.

Globalização marginaliza os excluídos das “redes de informação”.

Internet: Abismo entre ricos e pobres.

Escola: Repensar seu “jeito de ensinar”, entender as mudanças da “Era da Informação”.

Ø Essência: Função Social (indivíduo pleno).

Ø Escola pública: Urgência de esforços dos “profissionais, governos e sindicatos”.

1990, Unesco, Quatro Pilares da Educação: “Ser, Fazer, Conviver, Conhecer” = “Aprender”.

Ø Aprender a Conhecer: Aprender a aprender (atenção, memorização, analise, crítica...).

Ø Aprender a Fazer: Trabalho em equipe (Experiência coletiva e social).

Ø Aprender a Conviver: Entender o desenvolver e as características dos outros (diferenças).

Ø Aprender a Ser: Desenvolvimento do ser (espírito, corpo, sentimentos e intelecto).

Historicamente: Escola preocupa-se mais com o “Conhecer” e “Fazer”.

Projeto Escolar da base as ações dos educadores.

Ø Reflexão mutua sobre currículo, metodologia e aulas.

Ø Currículo: Flexível, mutável ao mundo atual (real dos alunos).

Ø Conhecimento compatível as necessidades dos alunos.

Diretrizes Curriculares Nacionais: EI, EF e EM.

Ø Votadas no Conselho Nacional de Educação (art. 9 da LDB).

Ø Trata do Currículo Mínimo.

Ø Gestor Escolar: Estuda a clientela e norteia a escola, construir a escola que idealiza, viver com diferenças, formação continua.

3. O QUE A ESCOLA TEM A VER COM A DEMOCRÁCIA?

Democracia: Valor (algo que se acredita) e Processo (Produto do que fazemos).

Dem. e Educação: Gestão democrática, caminhar em harmonia com a equipe escolar.

Brasil: Dem. Representativa (Votamos no Executivo e Legislativo).

Const. de 1988 e LDB, lei nº 9394/96 – Gestão Democrática, Ensino Publico.

Ø Assegurar igualdade de condições; escola como local privilegiado de exercício da democracia.

Ø Ensina limites, direitos individuais e coletivos (respeito ao próximo).

Ø Ensinar o “Eu”, “Outro” e “Nós”. Todos aflorando essa ideia.

4. COMO A ESCOLA E A COMUNIDADE SE ARTICULAM?

Introdução:

Escola: Construção da cidadania, promoção social e desenvolvimento pessoal do cidadão da sociedade do conhecimento. Construir a democracia como valor e como processo. Não é isolada, é inserida na comunidade (indivíduos, família e alunos).

Duas competências: Comunicação e Relação de confiança.

Ø Saber falar e ouvir, ter boa postura.

COMO A ESCOLA SE COMUNICA COM A COMUNIDADE?

Profissionais da Escola: Transmissão da cultura.

Educação: Tarefa coletiva da sociedade (Escola-Comunidade).

Comunidade Escolar: Gestores, profºs, outros especialistas da educação, funcionários e alunos, família.

Conhecimento Sistematizado: Do profº ao aluno.

Troca Sistêmica de Conhecimento: Na sala de aula profº e alunos juntos cumprem a missão escolar.

Função Social da Escola: Conhecimento Sistematizado + Convivência humana.

Ø Entorno da Escola: Área de abrangência social e geográfica.

Ø História da Escola: Mutável, variado com as pessoas e objetivos.

“Para cumprir sua ‘Função Social’ é preciso que a escola compreenda seu entorno. Equipe Escolar sai, comunidade fica”.

“Chamada a Ação: Combatendo o fracasso escolar no Nordeste”, livro de 97. De “Projeto Nordeste”, “Banco Mundial” e “Unicef”. Municipios da Bahia e Ceará.

Ø Diagnósticos: Expectativas opostas de professores e alunos, participação baixa da família na escola, socialização pouco valorizada pela equipe escolar.

Ø Pais só são chamados para reclamações ou decisões que não foram consultados.

Ø Poderia ser resolvido com diálogo aberto, democrático.

Comunidade Educativa: Aprendizagens mútuas.

Ø Escola da família (SP), Escola Viva (CE).

Ø Profºs, pais e filhos tornam-se mestres. Respeito a Cultura.

Ø Paulo Freire: Educação horizontal se da com a comunidade. (+ Comunicação, - Comunicados).

5. ESCOLA E CULTURA: QUE TIPO DE RELAÇÃO É ESTA? INTRODUÇÂO.

Relação da escola com várias instâncias atuais e momentos históricos a vida humana.

Escolas (gerais) pessoas são sujeitos e agentes da cultura e da história.

CULTURA OU CULTURAS: COM QUE CONCEITO TRABALHAR?

1º Cultura elitista: “Disposição e qualidades do espírito cultivado (erudito)”.

2º Cultura para as ciências humanas contemporânea: “Conjunto de traços característicos do modo de vida e uma sociedade, comunidade ou grupo, em seu cotidiano, obtido como objeto de aprendizagens informais”. (1º e 2º são opostos).

3º Cultura (para o Gestor): “Modo de vida de uma sociedade, como essas pessoas e grupos sociais produzem sua própria existência a partir da influência que recebem”.

Influências recebidas: Gerais – Sociedade, país, trabalho, estudo.

Especificas – Vida privada e cotidiana.

Influência de mão dupla (contato do geral e especifico). Recria-se cultura.

Não existe igualdade de comportamento entre pessoas que vivem a mesma cultura.

Verdades produzidas pelas elites precisam da aprovação dos grupos sociais.

O “sim” depende do julgamento cultural dos indivíduos e grupos.

Duas Considerações: 1º - Instituições (escolas) – Influência para a cultura geral e específica.

2º - Influência requer aprovação.

Autores

Rafaela Angeloni.

Rodrigo Bastos.

Thaminne Coutinho.

TEXTOS BASE:

Apostila Projestão.

Bibliografia

AGUIAR, A. M. da S. F. Projeto pedagógico: possibilidade de redesenhar a escola. Dissertação de Mestrado. Piracicaba: Unimep, 1999.

AQUINO, J. G. (org.). Autoridade e autonomia na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1999.

BICUDO, M. A. V. & SILVA JÚNIOR, Celestino Alves. (orgs.). Formação do educador e avaliação educacional: a organização da escola e do trabalho pedagógico. v. 3. São Paulo: Unesp, 1999.

CON SELHO NACION AL DE SECRETÁRIOS DE ED UCAÇÃO. Gestão Educacional: tendências e perspectivas. Série Seminários. São Paulo: Cenpec, 1999.